Documentos históricos de BH são reconhecidos pela Unesco

Postado em 07/10/2015 12:21 / atualizado em 07/10/2015 12:38, no Portal Hoje em Dia (Autora: Letícia Alves. Foto: Flávio Tavares)
 Documentos históricos são reconhecidos como patrimônio da humanidade
ARQUIVO PÚBLICO: Lílian Leão é peça fundamental na preservação das plantas de Belo Horizonte

 

Documentos centenários que contam a história da fundação de Belo Horizonte foram reconhecidos pela Unesco como patrimônio da humanidade. O acervo, com mais de 4 mil exemplares datados de 1890 a 1902, recebeu de forma unânime parecer favorável para integrar o Programa Memória do Mundo na categoria arquivística. No Brasil, foram apenas dez conjuntos documentais selecionados neste ano.

Essa foi a terceira inclusão de acervo mineiro no programa. Materiais da Câmara Municipal de Ouro Preto e do Departamento de Ordem Política e Social de Minas Gerais também receberam a chancela em edições anteriores. A escolha do conjunto de documentos de BH foi anunciada nessa quarta (7). O material inclui, por exemplo, partituras do maestro e compositor Heitor Villa-Lobos (1901-1959) e registros da viagem de Dom Pedro II.

Especialistas explicam a importância do acervo. Assista!

Tombados em dezembro do ano passado pelo Patrimônio Municipal, os documentos estão divididos em três instituições. A maior parte está no Arquivo Público da Cidade, que guarda 2.806 itens. Há ainda 1.240 no Museu Histórico Abílio Barreto e 94 no Arquivo Público Mineiro.

Compõem o acervo mapas, recibos, fotos, plantas, livros e telas. Muitos dos materiais datam de 1890, antes da construção da cidade, quando a Comissão Construtora da Nova Capital, sob a coordenação do engenheiro Aarão Reis, ainda escolhia o local para a instalação da metrópole.

Outros itens revelam como as fazendas do antigo Curral del Rey foram desapropriadas para dar espaço às seções e quadras da futura Belo Horizonte. Existem também itens dos cinco primeiros anos após a fundação (entre 1897 a 1902).

Importância

Segundo o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Leônidas Oliveira, a inclusão no programa é importante para a preservação e reconhecimento do acervo. “Internacionaliza Belo Horizonte como o fenômeno de uma cidade criada do nada, uma cidade que nasceu em cima do Curral del Rey”.

Coordenadora do curso de arquivologia da UFMG, Ivana Parrela destaca a capacidade informativa do conjunto de documentos da cidade. “É quase que uma certidão de nascimento ampliada da capital. Como dizia Aarão Reis, eles faziam documentos pensando em estruturar algo digno da nossa memória”.

Livros aguçam curiosidade sobre os primeiros mortos
Vinte volumes com registros de sepultamento batizados “Livros do Bonfim” estão incluídos no acervo. Com páginas envelhecidas e escritas à mão, os materiais datam de apenas um ano após a fundação da cidade.

Os livros contém informações gerais sobre os primeiros moradores que morreram em Belo Horizonte, como causa mortis, local e dia do óbito e o nome dos pais. Não é por acaso que esse é um dos materiais mais consultados em processos de elaboração de árvores genealógicas e de solicitação de cidadania, uma vez que muitos imigrantes estrangeiros chegaram à nova capital no fim do século 19 e início do século 20.

“Encontramos aqui dados de 1898 a 1974. Esse acervo é uma rica fonte de pesquisa sobre a época”, afirma a chefe do Departamento de Tratamento, Pesquisa e Acesso do Arquivo Público, Lílian Leão.

Na página inicial do livro “fúnebre” número um, está a lista dos 35 primeiros moradores falecidos na capital. No topo da lista está o nome de Maria Urcelina, que, aos 19 anos, faleceu em 3 de janeiro de 1898. O local: “a residência do pai”.

Planta assinada por Aarão Reis preserva marcas da construção da nova capital
A maior parte do acervo do Arquivo Público da Cidade é composta por plantas imobiliárias. Os primeiros documentos são assinados pelo engenheiro Aarão Reis, coordenador da comissão formada para estruturar a capital.

Uma das plantas tem cerca de 3 metros de comprimento por 1,5 metro de largura. O documento, datado de 1895, mostra a área do antigo Curral del Rey e os nomes dos 422 proprietários que tiveram as fazendas desapropriadas para a construção da cidade.

O projeto foi feito, na época, para embasar os trabalhos dos engenheiros nos canteiros de obras e, por isso, guarda as marcas do tempo e também do uso. Atualmente, é exposto protegido por vidro.

SÍMBOLO DA CIDADE

Entre as fazendas marcadas na planta está a do Leitão. O prédio sede, construído em 1833, hoje é o Museu Histórico Abílio Barreto, localizado na avenida Prudente de Morais, no Cidade Jardim. Outra área demarcada na planta é a Fazenda Capão Grande, que deu origem aos bairros São Bento e Santa Lúcia.

“Nós temos plantas das áreas desapropriadas, na antiga região do Curral del Rey, e temos do loteamento também. Documentos de todo tipo de projeto para a cidade ser construída”, explica o diretor do arquivo público, Yuri Mesquita.

Já um mapa de 1926 mostra os lotes, quadras e seções criados para compor a nova capital. Também foram registradas as primeiras praças, como a Raul Soares, a da Liberdade e a do Mercado, que hoje é a praça da Rodoviária.

“Belo Horizonte nasce dessa forma planejada, retangular, retilínea, com lugar de morar e trabalhar”, diz o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Leônidas Oliveira.

Levantamento sobre condições de segurança de acervos


Publicado pelo CONARQ, em 07/2015.


Levantamento sobre condições de segurança de acervos

Imagem seguranca acervos

O Conselho Nacional de Arquivos, por meio de sua Câmara Técnica de Preservação de Documentos (CTPD), está realizando um levantamento sobre as condições de segurança das instituições custodiadoras de acervos documentais.

O Grupo de Estudos em Segurança de Acervos da Câmara Técnica de Preservação está dando início a essa pesquisa a fim de oferecer dados que subsidiem as ações de salvaguarda do patrimônio documental do país

Sua participação é fundamental. Preencha o Questionário eletrônico sobre segurança de acervos para podermos identificar as condições de segurança de sua instituição. Compartilhe com sua rede de amigos nas redes sociais. Ajude o CONARQ, pois, desta forma, será possível propor ações que possam reduzir os riscos a que os acervos documentais estão expostos.

Todas as informações relativas à identificação das instituições participantes da pesquisa ficarão resguardadas sendo que somente elas terão acesso ao relatório final. O período para o preenchimento do formulário é de 30 de junho a 1º de agosto

Caso você queira compartilhar conosco seus estudos e experiências, envie, até o dia 10 de julho, uma proposta sucinta sobre o tema a ser apresentado durante o I Seminário Segurança e Salvaguarda de Acervos Documentais, que será realizado pelo CONARQ, onde serão abordados temas relacionados à segurança de acervos e patrimônio culturais, análise e gerenciamento de riscos, climatologia aplicada aos riscos ambientais, resgate de acervos documentais danificados por água, dentre outros assuntos.

As Instituições que responderem ao questionário terão asseguradas inscrições gratuitas no evento.
Informações preliminares:

• Será fornecido certificado e material didático a todos os participantes
• Serão realizadas visitas guiadas às áreas de Preservação do Arquivo Nacional mediante prévia inscrição.

Acompanhe as notícias sobre a programação final do I Seminário sobre Segurança e Salvaguarda de Acervos Documentais na fanpage do CONARQ.

Oficinas de Conservação


Publicado no Portal da Arquivo em cartaz


Oficinas técnicas gratuitas de conservação de documentos audiovisuais

Buscando contribuir para o aperfeiçoamento das práticas referentes à conservação de acervos, as oficinas técnicas funcionam como um estímulo à capacitação de profissionais de arquivo na implementação de procedimentos básicos de conservação de acervos audiovisuais.

Serão oferecidas oficinas gratuitas de noções básicas de conservação de documentos audiovisuais, com aulas teóricas e práticas ministradas por técnicos do Arquivo Nacional e convidados.

Inscrições gratuitas: de 1º de junho a 3 de agosto de 2015

Selecionados: Resultado a partir do dia 17 de agosto neste site e por e-mail.

Local: Arquivo Nacional − Praça da República, nº 173 – Centro – Rio de Janeiro/RJ

CEP: 20211-350 / Telefone: (21) 2179-1267

Público-alvo: Conservadores, arquivistas, pesquisadores e demais profissionais ligados à área.

E-mails: fatimataranto@arquivonacional.gov.br

arquivoemcartaz@gmail.com

Certificado: Emitidos aos participantes que tiverem pelo menos 80% de frequência.

IMPORTANTE: O candidato deverá escolher somente uma das oficinas.

OFICINA 1: Noções Básicas de Conservação de Películas Cinematográficas

Datas:   21, 22 e 23 de setembro de 2015  (segunda a quarta-feira)

Locais: Bloco E – Sala 204 e Bloco F – Sala 602

Horários: Das 9h às 12h e das 14h às 17h

Carga horária: 16 horas

Vagas: 12

Orientadores: Fabián Nuñez – Professor Adjunto do Departamento de Cinema e Video da UFF

Equipe da Conservação de Filmes / Arquivo Nacional

Inscreva-se aqui

OFICINA 2: Noções Básicas de Conservação de Documentos Fotográficos

Datas:   21 e 22 de setembro de 2015 (segunda e terça-feira)

Locais: Bloco E – Sala 205 e Bloco F – Sala 501

Horários: Das 9h às 12h e das 14h às 17h

Carga horária: 11 horas

Vagas: 12

OrientadoresSandra Baruki – coordenadora do Centro de Conservação e Preservação Fotográfica da Funarte / Equipe de Conservação de Fotografia / Arquivo Nacional

Importante: Os selecionados devem trazer até três fotos para a aula prática.

Inscreva-se aqui

OFICINA 3: Noções Básicas de Conservação de Documentos de Imagem e Som Magnéticos

Datas:  24 e 25 de setembro de 2015 (quinta e sexta-feira)

Locais:  Bloco C  – Miniauditório

Horários: Das 9h às 12h e das 14h às 17h

Carga horária: 12 horas

Vagas: 12

Orientador: Marco Dreer – Especialista em Preservação Sonora e Audiovisual / Sócio-diretor da empresa Via 78

Inscreva-se aqui

Fotos: Franz Borborema/AN

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Renovado, Arquivo Público da Cidade celebra 24 anos

Publicado em 22/05/2015, 12:22:32, no Portal da Prefeitura de BH / Sala de Notícias
A Fundação Municipal de Cultura promoveu nesta semana um encontro com historiadores, arquivistas e autoridades políticas para celebrar os 24 anos do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte (APCBH). No evento, foi apresentada a requalificação que o APCBH recebeu em suas salas de guarda e preservação do acervo, além de outras melhorias estruturais do edifício. Entre os presentes estivam o secretário de obras e infraestrutura da PBH, Josué Valadão e a superintendente do Arquivo Público Mineiro, Vilma Moreira dos Santos.

 

No início de 2015, o APCBH-FMC, em parceria com a Gerência de Coordenação de projetos financiados GEPF, com a Secretaria Municipal Adjunta de Modernização, SMAM, e com a Secretaria Municipal de Governo, SMGO, adquiriu estantes deslizantes para três áreas de guarda permanente de documentos. O recurso de cerca de R$ 950.000,00 foi proveniente do Programa de Modernização da Administração Tributária e de Gestão dos Setores Sociais Básicos (PMAT-4) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A parceria, em desenvolvimento desde 2013, prevê ainda a melhoria do mobiliário do setor de atendimento do Arquivo, que dará mais conforto aos consulentes da instituição.As novas estantes deslizantes permitem a compactação das massas documentais em espaços muito menores do que as estantes tradicionais, além de garantir o melhor acondicionamento do acervo. Essa otimização de espaço é fundamental para a guarda da documentação produzida pela Prefeitura de Belo Horizonte, tendo em vista o espaço físico já saturado da sede do APCBH e o crescimento do volume de documentos recolhidos. Segundo o diretor do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte, Yuri Mesquita, a aquisição teve como objetivo estruturar as áreas de guarda de documentos permanentes do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte, preparando a instituição para o recebimento da documentação com valor probatório e/ou histórico de toda a municipalidade. “Com essa qualificação ganhamos condições mais adequadas para o recolhimento das massas documentais acumuladas e para os documentos que serão produzidos dentro das atividades legais da municipalidade, cumprindo assim a legislação municipal de arquivos e preservando o patrimônio documental da capital mineira”, conclui. Com a instalação do novo mobiliário, o tratamento de cerca de 600.000 plantas de Belo Horizonte, provenientes da Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana SMARU, será mais adequado. Além disso, criou-se espaço para negativos, microfilmes, fitas magnéticas, para cerca de 6000 caixas de arquivo e para aproximadamente 40.000 pastas suspensas.

Melhorias da sede
Em 2015, o APCBH passou por reparos e pintura da fachada e das áreas de trabalho. Os problemas hidráulicos e de infiltração foram resolvidos e o telhado foi trocado em parceria com a SUDECAP. Além disso, o piso da instituição foi todo requalificado, com a raspagem do taco e aplicação de sinteco em parceria com o proprietário do imóvel. As melhorias estruturais, intensificadas desde 2013, vão continuar até o final do ano, com a troca de vidros e instalação de novos condicionadores de ar, dando mais conforto aos consulentes e servidores.

O APCBH
O Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte (APCBH) é o órgão da Prefeitura responsável pela gestão, guarda, preservação e acesso dos documentos produzidos ou recebidos pelo poder executivo municipal. Criada em 1991, a instituição é parceira da Câmara Municipal de Belo Horizonte, cuidando de seu acervo de guarda permanente e também de documentos privados de interesse da população belo-horizontina. No APCBH encontram-se documentos textuais, revistas, mapas, plantas, projetos arquitetônicos, cartazes, fotografias, filmes, registros sonoros, dentre outros. Em sua sede, há também uma biblioteca voltada para a história da cidade.

Utilizando os serviços
Não é necessário agendamento para acessar o acervo disponível na Sala de Consultas do APCBH. É preciso apenas se identificar. Para auxiliar a pesquisa são disponibilizados instrumentos como guia, inventários, catálogos e outros, além de ser possível a pesquisa pela internet O site da instituição – www.pbh.gov.br/cultura/arquivo – traz as coleções de revistas e dos relatórios dos prefeitos, bem como diversas informações sobre o Arquivo Público, suas atividades, eventos, instrumentos de pesquisa e outras publicações. O APCBH mantém ainda um banco de dados projetado para dar acesso a todo o seu acervo. Esse sistema vem sendo alimentado regularmente e pode ser consultado no endereço www.acervoarquivopublico.pbh.gov.br.
Arquivo Público da Cidade de BH – Rua Itambé, 227, Floresta
Telefone: 3277-4603